terça-feira, 17 de maio de 2011

A EUCARISTIA NÃO É UMA SIMPLES CEIA


EUCARISTIA é uma palavra grega: “EU” = BEM, BOM, BOA;  “XARIS” = GRAÇA: BOA GRAÇA, BOA NOTÍCIA, DAR GRAÇAS. É, portanto, ação de graças. É a presença real de Jesus Cristo na hóstia consagrada que resultou o nome do nosso Sacramento, a Eucaristia. Logo, não é uma simples ceia, simbolizando a presença de Jesus Cristo conforme adotam os protestantes.

         Jesus, na margem do lago, repreende aqueles que o procuravam para saciar a fome física e prenuncia a Eucaristia e os ensina que o verdadeiro alimento é aquele que dura eternamente:

“Em verdade, em verdade vos digo: vós me procurais, não porque vistes sinais, mas porque comestes dos pães e vos saciastes. Trabalhai, não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna, alimento que o Filho do Homem vos dará, pois Deus, o Pai, o marcou com seu selo”(Jo 6,26-27).

         “Nossos pais comeram o maná do deserto, segundo o que está escrito: ‘deu-lhes de comer o pão vindo do céu’ (Sl 77,24). Jesus respondeu-lhes: em verdade, em verdade vos digo: Moisés não vos deu o pão do céu, mas o meu pai é quem vos dá o verdadeiro pão do céu; porque o pão de Deus é o pão que desce do céu e dá vida ao mundo. Disseram-lhe: Senhor, dá-nos sempre deste pão! Jesus replicou: ‘eu sou o pão da vida: aquele que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede.” (Jo 6,31-35)

Mas Jesus apresenta-se como sendo ele mesmo o pão da vida:

“Eu sou o pão da vida. Vossos pais, no deserto, comeram o maná e morreram. este é o pão que desceu do céu, para que não morra todo aquele que dele comer. eu sou o pão vivo que desceu do Céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. e o pão que eu hei de dar, é a minha carne para a salvação do mundo”.  (Jo 6,48-51).

         A promessa claríssima da Eucaristia está mesmo em Jo 6, 35-69, destacando:

 “Eu sou o pão da vida... o pão que eu darei é a minha carne... se não comerdes a carne do filho do homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós”.

Alguns dos seguidores acharam fortes as palavras de Jesus e por isto, o abandonaram: “Muitos de seus discípulos, ouvindo-o, disseram:“Essa palavra é dura! Quem poderá escutá-la? Compreendendo que seus discípulos murmuravam por causa disso, Jesus lhe disse: “Isto vos escandaliza? E quando virdes o Filho do Homem subir aonde estava antes?...O espírito é que vivifica, a carne para nada serve. As palavras que vos disse são espírito e vida. Alguns de vós, porém, não crêem ”. “A partir daí, muitos discípulos voltaram atrás e não andavam mais com ele”. (Jo 6, 60-64.66).

Isto não continua acontecendo? Quantos católicos por anos e anos receberam a Eucaristia acreditando na presença real de Jesus Cristo e até ocuparam dignos cargos e funções litúrgicas na Igreja como catequistas, servindo o altar em cultos, pregações e distribuição da Comunhão Eucarística, etc, para, de repente, numa atitude de fraqueza, mudarem para alguma Igreja protestante aceitando uma ceia simbólica, renegando a verdadeira Eucaristia e tudo o mais em que acreditavam até um dia antes.

Não deixa de ser, ainda, um desafio de Cristo que continua perguntando ainda hoje se você também quer ir embora. E Jesus continua esperando que a sua resposta seja igual à de Pedro:

         “SENHOR, A QUEM IRÍAMOS NÓS? TU TENS PALAVRA DE VIDA ETERNA. E NÓS CREMOS E SABEMOS QUE TU ÉS SANTO DE DEUS!”  (Jo 6, 68).

         São Paulo, igualmente, atesta que a Eucaristia é a comunhão do Sangue de Cristo e do Corpo de Cristo:

         “O cálice de bênção, que benzemos, não é a comunhão do sangue de Cristo? E o pão, que partimos, não é a comunhão do Corpo de Cristo? Uma vez que há um único pão, nós, embora muitos, formamos um só corpo, porque todos nós comungamos do mesmo pão.”  ( 1Cor 10,16-17).

         Como acontece o Sacramento da Eucaristia?

         Todos os Sacramentos foram instituídos por Jesus Cristo comunicando-nos sempre mais a vida da Graça pelo Espírito Santo. É a graça sacramental. Sinais sensíveis de Jesus.

         Na Eucaristia, a presença de Jesus não acontece só através de sinais e do ministro, mas de uma forma real, pessoal, em corpo, alma e divindade.

         Fique bem claro: a presença de Jesus na hóstia consagrada na Eucaristia, não é um símbolo, uma representação, como a bandeira simboliza e representa a Pátria. É presença real de Jesus Cristo!.

         A Eucaristia acontece na Missa que é a atualização da morte-ressurreição-glorificação de Jesus até que ele venha. É, pois, Deus alimentando seu povo que caminha para a ressurreição final.

         É por isso que não se pode comungar em estado de pecado. São Paulo traz a séria advertência:
“Aquele que come e bebe sem distinguir o Corpo do Senhor, come e bebe a sua própria condenação.” (1 cor 11, 20.29).
         
          Jesus instituiu a Eucaristia como algo real e não simbólico:
“Pega o pão, abençoa-o como fazia o pai de família judeu, e diz: “tomai e comei, ISTO é  o meu corpo que é dado por vós”(Mt 26,26; Mc 14,22; lc 22,19; 1 Cor 11,24. Jesus pega o cálice com vinho, abençoa e diz: ISTO É O MEU SANGUE “tomai e bebei todos., o sangue da nova e eterna aliança, derramado por vós e por todos os homens, para o perdão dos pecados” (Mt 26,27-28; Mc 14,24; Lc 22,20; 1 Cor 11,25).

Jesus não estava conjeturando, mas fazendo uma afirmação: ISTO É!  Jesus não falou “pode ser que seja”, nem “façam de conta”. Mas foi firme: isto é. Alguém terá o direito de duvidar ou de mudar o sentido da sua afirmação?
        
A Eucaristia é um mistério de fé como é o mistério da Santíssima Trindade, o mistério da encarnação morte e ressurreição de Jesus, porque não podemos explicá-lo cientificamente.

         O que nos dá a certeza da presença de Jesus Cristo na Eucaristia é tão somente a fé. Confiamos na afirmação de Jesus porque foi Ele quem nos revelou.

         O poder de transformar o pão e o vinho no corpo e no sangue do Salvador foi transmitido pelos Apóstolos, aos homens que deveriam perpetuar o seu trabalho e partilhar da sua missão quando eles se fossem embora. E estes, por sua vez, confeririam esse poder sacerdotal a outros. E assim, de geração em geração, durante quase dois mil anos, o poder do sacerdócio se foi transmitindo por meio do Sacramento da Ordem Sagrada. De Bispo em Bispo, chegou até os sacerdotes de hoje.

E a consagração foi autorizada a ser feita sempre:

O Senhor Jesus, na noite em que foi entregue, tomou o pão e, depois de dar graças, partiu-o e disse: ‘Isto é o meu corpo, que é dado por vós. Fazei isto em memória de mim. Do mesmo modo, depois de ter ceado, tomou o cálice, dizendo: este cálice é a nova aliança do meu sangue; Todas as vezes que o beberdes, fazei-o em memória de mim. (1Cor 11,23-25).

         Lutero, o primeiro protestante, rejeitou em parte a doutrina da presença verdadeira e substancial de Jesus na Eucaristia, cuja doutrina havia sido seguida firmemente por todos os cristãos durante 1.500 anos. Lutero aceitava certa espécie de presença de Cristo, ao menos no momento de se receber a comunhão, não mais do que isso. Mas os seguidores de Lutero — o Protestantismo — foram recuando cada vez mais e mais da crença da presença real de Jesus na Eucaristia, ao ponto de passarem a ter a “ceia” como eles chamam, de simples gesto simbólico. O pão é pão, e o vinho continua a ser vinho sem a presença de Jesus, enquanto para nós católicos, apenas as aparências são de pão e de vinho, porque verdadeiramente, Jesus está na Eucaristia.

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